É claro que a primeira coisa que pensamos ao acordar só poderia ser a robusta e quente bebida escura que nos auxilia a encarar mais um dia de vida.
Há décadas e décadas atrás um jovem pastor chamado Kaldi trabalhava nas áridas montanhas da Etiópia. Todos os dias, Kaldi tomava conta de seu rebanho com esforço e louvor e, no final de seu expediente, se retirava para o tão necessário descanso.
Porém, certo dia, ele ficou um pouco mais em seu campo observado seus animais. Ele viu quando cada cabra desapareceu por entre as montanhas e, horas depois, retornou feliz e saltitante como se tivesse tomado um gigante banho de pura energia.
Curioso, Kaldi decidiu que no dia seguinte iria seguir os animais e descobrir a fonte de tamanha vontade de viver. Então, em sua jornada, descobriu que as cabras iam correr por entre arbustos e pastar grãos avermelhados bastante estranhos. Ainda mais curioso, o jovem recolheu aqueles grãos desconhecidos e os comeu, assim sentindo prazer como jamais havia experimentado antes. Ir até aquele local se tornou rotina, Kaldi comia sempre o tal grão.
Certo dia, o jovem decidiu compartilhar sua experiência com um monge da região que era seu conhecido. Este monge, muito inteligente, descobriu que poderia não apenas comer o grão como bebê-lo através da infusão em água quente.
Ao fazê-lo, também descobriu que a bebida o auxiliava a espantar o sono durante as longas orações que fazia. Assim, nasceu o café que, comprovadamente teve seu primeiro cultivo em monastérios islâmicos do Yêmen, logo entende-se que a descoberta do jovem Kaldi se disseminou rapidamente pelo meio religioso.