Na busca pelo enfrentamento dos desafios da vida moderna, muitas vezes tendemos a ignorar nossa própria saúde, o que pode levar algumas pessoas a sofrer de insônia. Uma vez que dormir é essencial para o funcionamento adequado do corpo humano, muita gente recorre a remédios para dormir melhor. No entanto, você já parou para pensar em como esses medicamentos funcionam?
Os remédios para dormir (ou soníferos) podem ser classificados em duas categorias: os mais suaves, que promovem a sonolência, e os medicamentos mais fortes, especificamente concebidos como soníferos.
Independentemente da categoria de medicamentos prescritos para combater a insônia, o fato é que todos eles afetam o funcionamento do cérebro para promover e desencadear a sonolência, como veremos ao longo deste artigo.
Entendendo como agem os remédios para dormir considerados “leves”
Em termos básicos, essas são as pílulas que não são especificamente projetadas para induzir a sonolência em um indivíduo, mas o fazem como um efeito colateral, tornando-se opções comuns como soníferos leves. Segundo HelpGuide, essas pílulas de venda livre costumam ser anti-histamínicos que nos deixam sonolentos ao bloquear a histamina, um neurotransmissor que se move através de nossos neurônios.
De um modo geral, os remédios para dormir considerados “leves” são medicamentos muito comuns e podem ser encontrados em qualquer farmácia, sendo muitas vezes tomados até para tratar os sintomas de alergia. De fato, vários medicamentos leves para dormir contêm difenidramina, um anti-histamínico que pode ser usado no tratamento de enjoos e rinite alérgica.
Na prática, esses medicamentos leves para dormir podem ser usados por pessoas que sofrem de insônia leve ou infrequente. Ainda assim, é importante deixar claro que eles devem ser evitados, se possível, pois também apresentam alguns efeitos colaterais, como sonolência indesejada no dia seguinte, dores musculares, dores de cabeça e até mesmo dificuldade de concentração.
O funcionamento dos remédios para dormir de venda prescrita
Como já vimos anteriormente, as formas mais leves de insônia podem ser tratadas com comprimidos para dormir de venda livre. Deve-se, no entanto, evitar tomar pílulas leves para dormir se sofrer de insônia crônica, pois somente medicamentos mais fortes poderão surtir algum efeito.
A maioria dos medicamentos prescritos que são usados para aliviar a insônia persistente afetam diretamente a função do sistema nervoso. Essas pílulas funcionam ligando-se aos receptores GABA-A, um grupo de receptores no cérebro dos humanos que respondem ao GABA-A, um neurotransmissor responsável principalmente por inibir a função do sistema nervoso, estimulando assim a sonolência e o relaxamento, causando o sono.
Alguns remédios para dormir de venda prescrita funcionam mais rápido e são mais seletivos em sua ação, tendo como alvo apenas receptores GABA-A específicos para resultados melhores e mais seguros. Alguns dos medicamentos GABA-A seletivos mais comumente usados incluem princípios ativos como eszopiclona e hemitartarato de zolpidem.
Vale destacar que a venda destes medicamentos deve ser feita somente com a apresentação de uma receita médica, pois podem promover sérios efeitos colaterais, incluindo mudanças comportamentais, uma diminuição na qualidade geral do sono e, em alguns casos, até alucinações.
Novos medicamentos estão surgindo
Devido aos efeitos colaterais que causam tanto os medicamentos leves quanto os prescritos, novos remédios para dormir têm sido desenvolvidos. Apropriadamente chamados de “modificadores do ciclo sono-vigília”, esses medicamentos influenciam o relógio natural do seu corpo, ou seja, o ritmo circadiano que promove o relaxamento e o sono.
O ritmo circadiano de nossos corpos é parcialmente controlado por uma pequena seção do cérebro chamada hipotálamo. O fármaco Ramelteona (Rozerem), um dos poucos medicamentos que se encaixam nesta categoria, liga-se exclusivamente aos receptores de melatonina presentes nessa área e induz o sono ajustando o ciclo natural de sono-vigília.
Embora apresente menos efeitos colaterais do que as pílulas para dormir tradicionais, visto que afeta apenas uma área muito pequena e limitada do cérebro, este medicamento também pode causar dependência psicológica em indivíduos, assim como qualquer outra droga para dormir. Portanto, seu uso também deve ser prescrito por um médico.
Em suma, o que devemos ter em mente é que qualquer tipo de medicação para dormir não é saudável, pois pode causar uma série de sintomas indesejáveis e efeitos colaterais, além de causar a dependência. Dito isto, a melhor e mais saudável maneira de induzir e melhorar a qualidade do sono inclui comer alimentos saudáveis, evitar o estresse e praticar exercícios físicos.