Ah, Apolo! deus grego da arte. As crenças mais tradicionais o colocam como filho de Zeus e Leto, irmão de Ártemis, nascido na ilha de Delos. Ele foi um daqueles deuses com um veio poético e sensível em sua essência. Deus das profecias e oráculos, música, poesia, cura, proteção dos jovens e – não muito condizente – do arco e flecha, pragas e doenças. Apolo, na mitologia grega, é representado com seu arco e flecha; um homem de aparência jovial, sem barba e bem bonito.
Algumas tradições revelam detalhes sobre o nascimento do deus grego da arte. Algumas dizem que ele nasceu com sete meses, outras dizem que ele veio ao mundo no sétimo dia do mês. Independentemente da tradição, o número sete ficou marcado na vida de Apolo. Sendo seu número sagrado – seus festivais caíam sempre no sétimo dia do mês e sacrifícios eram feitos em seu nome nesse dia específico, todos os meses.
Apesar de ter sido um grande deus, há resquícios de uma leve “dependência” de Zeus, principalmente com relação à fonte dos seus poderes. Como dito anteriormente, ele protegia e fornecia virtudes e vantagens em âmbitos diversos, porém, as raízes são as mesmas.
Por exemplo, há classificações que o colocam como aquele que pune e destrói os maus e os arrogantes, por isso sua representação com o arco e flecha como presente de Hefesto. Mortes súbitas de alguns homens passaram a ser associadas à mira infalível da flecha de Apolo e seu nome teria vindo da palavra “apollumi”, destruir. Por outro lado, também era classificado como aquele que afasta o mal e fornece ajuda. O deus grego da arte até poderia levar pragas e doenças para os homens, mas sabia levar a cura ou oferecer conselhos para combater essas adversidades através de seus oráculos.
Ele também deus da profecia, da medicina e da beleza
Ser o deus da profecia conferiu a ele um poder sobre diversos oráculos, principalmente os delfos, sendo considerado o profeta de Zeus. Apolo tinha o poder, no entanto, de conferir tanto aos deuses quanto aos humanos o dom da profecia. Por isso, muitos videntes e profetas são relacionados com o deus de alguma maneira.
Outra questão está relacionada à construção de cidades. Apolo deus grego da arte esbaldava-se na base das cidades e no estabelecimento da sociedade civil. Por isso, dizem que nenhuma cidade ou colônia na Grécia foi fundada sem uma consulta ao oráculo do deus. Asim, Apolo deus grego da arte estava associado às cidades como um líder espiritual.
Apolo era um deus grego, não só no sentido literal, como abstrato da expressão. Ele tirava o fôlego de ambos os sexos! No entanto, se ele tinha sorte nos jogos, seu azar foi no amor. De todos os amores, três foram marcantes. O jovem Jacinto, a ninfa Dafne e a jovem Corônis.
Apolo e Jacinto
Jacinto era um jovem mortal de beleza rara e logo chamou a atenção de Apolo, quem o seguia por onde fosse. O amor nasceu dessa aproximação e algumas tradições afirmam que isso incomodou Zéfiro. Vento Oeste, quem também almejava estar com o jovem.
Em uma triste ocasião, enquanto Apolo e Jacinto jogavam com lançamento de discos, Apolo lançou seu disco muito alto e longe. O jovem, ao correr entusiasmado para descobrir a velocidade do disco, acabou sendo acertado na cabeça. Consequência de o disco rebater do chão para sua testa quando caiu.
Os contos que consideram Zéfiro na história dizem ser culpa dele o fato de o disco desviar-se e acertar o jovem; outros, consideram apenas um infortúnio. Com a morte do jovem. Apolo ficou desolado e jurou torna-lo eterno: transformou Jacinto em uma flor que renasce a cada primavera.
Apolo e Dafne
Já com Dafne, a lenda é contada de diversas maneiras e muitas tradições a consideram pessoas diferentes na história grega. Ao parecer, Dafne era extremamente bela e foi muito amada e perseguida por Apolo, de maneira doentia.
Em uma ocasião onde o deus estava a ponto de conseguir tocar a ninfa, ela suplica aos céus por sua mãe. Gaia, quem abre a terra para consola-la e recebe-la. Assim, Dafne teve seu corpo transformado em árvore (loureiro) para ser protegida. Mas Apolo, inconsolável, restou apenas com alguns ramos da árvore, os quais ele transformou em uma coroa.
Apolo e Corônis
Apolo também protagonizou o mito de Asclépio juntamente com seu terceiro amor, a mortal Corônis. Ela engravidou de Apolo, quem enviou um corvo branco para vigia-la na Terra. Porém, a jovem entregou-se a outro amor durante a gravidez, Isquis. O corvo retornou para dar a notícia à Apolo, que transforma a ave de branca para negra, como sinal de mau agouro, e manda sua irmã matar Corônis e o amante.
Ao passar a raiva, Apolo encontra o corpo de Corônis queimando em uma fogueira e corre para salvar a criança, seu filho Asclépio. O bebê foi entregue à Quíron, o último dos centauros, criado com muito amor e sabedoria, tornando-se um grande médico.
Guerra de Tróia
Por último, outra grande história protagonizada pelo nosso deus Apolo diz respeito à Guerra de Troia. Você se lembra do filme Troia? Pois bem, com seus poderes de trazer pragas e doenças. Apolo foi aquele quem “presenteou” os gregos com praga, além de ter ajudado Páris no assassinado de Aquiles a partir de uma flecha certeira em seu calcanhar.