[Resenha] A rainha do nada

Goutyne
By Goutyne

A Rainha do Nada é o último volume da série O Povo do Ar, cujo primeiro título – O Príncipe Cruel – foi publicado aqui pela Editora Galera Record. Holly Black escreveu uma história sobre seres mágicos perversos e uma garota humana aprendendo a resistir em meio a essa perversidade, e o fim pode não ter sido espetacular, mas foi bom. Me deixou feliz.

A trama se inicia um tempo depois da reviravolta chocante de O Rei Cruel. Jude está exilada no reino humano, traída pelo rei que acreditava amar e pela irmã em quem confiava plenamente.

Ela não tem muito que fazer, uma vez que, para os humanos, Jude está morta e esquecida no tempo – portanto, faz o possível para manter sua conexão com o mundo das fadas, caçando recompensas e elementos perigosos a mando de criaturas mágicas.

Quando sua irmã, Taryn, surge em busca de sua ajuda, Jude recebe uma oferta irrecusável: pode retornar ao reino mágico. Mas seu retorno vai trazer consequências com as quais ela não estará tão preparada para lidar.

A Rainha do Nada tem sido um divisor de águas no que concerne opinião de leitores. Eu vi algumas resenhas muito positivas outras muito negativas e outras mornas. Vi algumas amigas ficarem mais ou menos pra tudo, outras surtarem até arrancarem os cabelos.

Eu só posso dizer que, na minha experiência, esse livro foi como os outros dois: uma montanha-russa cheia de surtos e gritos e momentos “JESUS SEGURA MINHA MÃO!” com um final surpreendente por se afastar tanto do caos e da tensão do resto do livro.

Acho que a Holly me ganhou justamente por entregar o que eu tanto estava querendo e tanto relutei em acreditar que veria no fim dessa série.

The Folk of the Air não é exatamente a inovação em história e criação de mundo, então eu não fiquei decepcionada por não ver um fechamento tão elaborado e desenvolvido. Acho que ela correu em alguns momentos, sim, mas conseguiu manter o ritmo que os outros livros estabeleceram.

Personagens como Madoc, Oak e as três sombras espiãs também tiveram seus momentos, mas falar sobre eles envolve spoilers demais para que eu desenvolva uma opinião. Só posso dizer que cada um teve seu tempo e seu espaço para alçar o começo de um final. Não é aberto, mas é uma promessa; é um recomeço.

A Rainha do Nada seguiu a linha dos seus antecessores e entregou momentos de tirar o fôlego, momentos para te grudar na cadeira de tanto medo e outros para te derreter de amor. Conseguiu me fisgar com seu carisma e com seus personagens tão intensos, principalmente Jude e Cardan, que vão ficar no meu coração para sempre.

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