[Resenha] A nuvem: 2

Goutyne
By Goutyne

Confesso para vocês que comecei a leitura com um pé atrás. Sabe como é, o primeiro livro foi simplesmente perfeito, sem defeitos. Para mim era muito difícil que o autor conseguisse manter o ritmo, que conseguisse manter o nível de criação espetacular que estava seguindo. Imaginem então qual foi minha surpresa quando ele conseguiu entregar uma trama ainda mais desenvolvida.

Neste volume vemos que o mundo que superou a fome, as mortes, doenças, guerra e desigualdade social, não conseguiu superar as falhas inerentes do ser humano que surgem quando os mesmos estão no poder e devido a isso, este mundo perfeito ameaça ruir. Nem a inteligência artificial mais perfeita tem ideia de como resolver as questões que vem surgindo – visto que possui um juramento de não interferir na ceifa.

Se por um lado temos uma Nimbo- Cúmulo perfeita e incorruptível, observando como o ser humano colocará tudo em risco, temos os Ceifadores, a quem a perfeição não se aplica, afinal, são só humanos.  Estes – os controladores da morte, do destino das pessoas – estão passando por uma ruptura e uma grande parte de seus membros estão se esquecendo do propósito de sua função, passando por cima da ética e dos preceitos que deveriam seguir.

Enquanto acompanhamos e conhecemos mais da Nimbo, vemos a Ceifa entrar em crise, ainda temos contato com algumas outras realidades que envolvem a sociedade criada por Shusterman: Os Infratores – aqueles que se recusam a seguir as ordens da inteligência artificial e por isso perderam o contato com ela  e os Tonistas, que não acreditam no poder da Ceifa nem no direito do ser humano interferir na morte de uma maneira tão incisiva.

E em meio a essas novas realidades apresentadas, acabamos nos deparando com personagens antigos do primeiro volume e com novos personagens, como Grayson, que terão papel fundamental na trama.

Para alguns leitores, toda essa nova introdução a novos personagens e realidades – enquanto ainda acompanhamos os personagens que surgiram no primeiro volume – acaba deixando a trama um pouco mais lenta. No entanto, para mim, isso não aconteceu.

Eu fiquei tão fascinada pelas respostas que vinha recebendo, de questionamentos que sequer imaginava que tinha, que tudo me enredou desde o início, deixando a história fascinante. A tensão nas páginas era quase palpável. Havia ali uma tragédia anunciada e só nos cabia – assim como a Nimbo-Cúmulo – ser espectador de tudo aquilo.

E já que citei os personagens do livro anterior, sem entrar em detalhes, quero dizer que há um amadurecimento gigantesco dos mesmos. Os acompanhamos seguindo os destinos que lhes foram impostos, mas sem se acovardar ou se resignar. Eles tomam caminhos diferentes em meio a missões distintas, no entanto, cada um à sua maneira, terá papel fundamental no final deste livro.

E falando no desfecho, QUE FINAL FOI ESSE? Sim, frase em caixa alta, com direito a surto! Se eu não tivesse o terceiro livro em mãos, não sei se teria tido psicológico para esperar pelo próximo volume. O livro termina com um gancho incrível e é impossível não se sentir compelido a pegar o próximo livro e ir atrás de respostas.

Bem pessoal, essas foram algumas das minhas considerações a respeito de A nuvem. Esta foi uma continuação fantástica, que me enredou do início ao fim, fazendo com que sentisse raiva, tensão, apreensão… e ainda assim ansiasse por mais no fim de cada capítulo. Recomendo demais o primeiro e o segundo volume, com a certeza de que estou indicando uma das melhores distopias que já li na vida.

Espero que tenham gostado do post de hoje! Não deixem de comentar, ok?

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