[Resenha] A Biblioteca da Meia-Noite

Goutyne
By Goutyne

“A Biblioteca da Meia-noite” é um romance incrível que fala dos infinitos rumos que a vida pode tomar e da busca incessante pelo rumo certo. O livro, lançado pela editora Bertrand Brasil, gira de torno de Nora Seed, que aos 35 anos, é uma mulher cheia de talentos e poucas conquistas. Arrependida das escolhas que fez no passado, ela vive se perguntando o que poderia ter acontecido caso tivesse vivido de maneira diferente.

Após ser demitida e seu gato ser atropelado, Nora vê pouco sentido em sua existência e decide colocar um ponto final em tudo. Porém, quando se vê na Biblioteca da Meia-noite, Nora ganha uma oportunidade única de viver todas as vidas que poderia ter vivido. Neste lugar entre a vida e a morte, Nora pode, finalmente, se mudar para a Austrália, reatar relacionamentos antigos, ser uma estrela do rock, uma glaciologista, uma nadadora olímpica… enfim, as opções são infinitas.

Mas será que alguma dessas outras vidas é realmente melhor do que a que ela já tem? Em “A Biblioteca da Meia-noite”, o novo romance de Matt Haig, Nora Seed se vê exatamente na situação pela qual todos gostaríamos de poder passar: voltar no tempo e desfazer algo de que nos arrependemos.

No livro, Nora Seed se vê exatamente na situação pela qual todos gostaríamos de poder passar: voltar no tempo e desfazer algo de que nos arrependemos. Diante dessa possibilidade, Nora faz um mergulho interior viajando pelos livros da Biblioteca da Meia-noite até entender o que é verdadeiramente importante na vida e o que faz, de fato, com que ela valha a pena ser vivida.

A protagonista, ainda num estado inconsciente (porque nós leitores já sabemos o que ela fez, não é mesmo?) através dos livros da biblioteca da meia-noite, vive uma infinidade de vidas onde ela conhece o sucesso, a fama, o amor, a satisfação pessoal e então ela se da conta que a vida pode ser vivida de diversas maneiras, mas o que realmente importa é que só aprendemos a viver, vivendo, sem medo, nos arriscando e, às vezes, nos arrependendo.

Nora descobre que a métrica que usamos para medir o que é sucesso ou qualquer vitória pessoal é dispensável porque, às vezes essa noção de “sucesso” vem de modificada com uma impressão falsa.

Perdemos muito tempo nos comparando com outras pessoas querendo nos satisfazer com um sucesso semelhante ao de outro alguém. O conselho que salta aos olhos é: foque nas suas realizações. Você não está numa corrida. Você está vivendo a sua vida e, repito, o único modo de aprende-lá é vivendo!

O autor, em vários pontos do livro, vai flertar com a filosofia existencialista, mas o que fica evidente é a intenção de fazer o leitor refletir acerca do que é viver.

“A Biblioteca da Meia-noite” é um romance incrível que fala dos infinitos rumos que a vida pode tomar e da busca incessante pelo rumo certo.

Enfim, mesmo que a narrativa seja um pouco lenta no início e um pouco repetitiva (afinal, vamos acompanhar nossa mocinha em várias vidas, entrando e saindo da biblioteca) recomendo demais a leitura. Pode ser o chacoalhão que você está precisando!

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